sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

SÍNTESE DO TEXTO: POR QUE O ESTÁGIO PARA QUEM NÃO EXERCE O MAGISTÉRIO: O APRENDER A PROFISSÃO.

                      SELMA GARRIDO PIMENTA / MARIA SOCORRO L. LIMA




            Diante dos estudos realizados e experiências vivenciadas, a visão de estágio que ainda prevalece é a de treinamento. Ou seja, nós licenciandos, estudantes de curso superior, somos o tempo todo inebriadas de diversas teorias, as quais contribuirão futuramente para nossa prática. Tal treinamento nos ensinam a maneira de como nos comportarmos diante da prática profissional, para que em seguida possamos atuar momentaneamente em uma sala de aula. E é exatamente lá, nesse campo “profissionalizante” é que somos preparados. É lá que iremos realmente saber se é isso mesmo que queremos ou se seremos bons profissionais, ou seja, estaremos sendo avaliados para saber se realmente estamos aptos à exercer a nossa profissão. É o local onde utilizamos a famosa frase “colocar a teoria em prática”.
            Mas será que é apenas isso?  É despejar uma série de teorias (muitas retrógradas) em uma sala de aula? A pessoa não se torna um profissional da noite para o dia. Ou seja, 30 ou 15 dias em campo não são suficientes para determinar se a pessoa está ou não equipada para exercer os “macetes” de sua profissão. Pelo contrário! Afinal, o aprendizado se dá por meio das experiências.
            Dessa forma, o estágio (ao contrário do que parece ser) não é uma preparação para uma vida profissional brilhante. Ele é antes de tudo, um campo de estudo em que nós iremos adquirir o melhor conhecimento. É no momento de estágio que somos conhecedores da real situação da educação brasileira. E a partir de uma ação-reflexão é que tomamos consciência de que somos  partes integrantes de um corpo ainda doente e que se este (corpo) não estiver bem, as suas outras partes também serão “infectadas”. Não quero colocar em questão que os profissionais da educação são os salvadores da pátria. A questão é que, se este estiver devidamente envolvido com o meio que o cerca, provavelmente se preocupará em contribuir de forma significativa para a melhora do ensino.
            Tal pensamento é mediado por meio da ação-reflexão vivenciada em meio a sala de aula. Os poucos momentos em que passamos em um portão da escola, ou até mesmo em sala, são suficientes para entendermos que somente a teoria não nos basta. Pois, o que adianta de teorias extraordinárias, brilhantes, se estas não estiverem em comunhão com a realidade educacional? É por esse motivo que o professor precisa ter um olhar crítico, e não apenas se prender em despejar uma série de conhecimentos, pensando que com tais teorias irá mudar o contexto do campo em que está inserido.
            Enfim, o estágio para quem não exerce a profissão do magistério é a possibilidade do aluno adquirir conhecimento, os quais contribuirão em sua formação profissional, tornando-o assim, um cidadão  crítico, comprometido com seu trabalho, que  também é capaz de refletir a respeito da qualidade de educação em nosso país. Portanto, o estágio é um espaço de crescimento, que possibilitará aos seus sujeitos o contato direto com   a realidade educacional.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com a colega Roseane, o estágio é um momento de reflexão, de aprendizado, além de ser um espaço de crescimento, que possibilitará aos seus sujeitos o contato direto com a realidade educacional.É uma experiência que nos proporciona uma maior aquisição de conhecimento, os quais levaremos para nossa formação docente.

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