Aos oito anos fui para uma outra instituição, nela aprendi a escrever, contar e etc. Era o primeiro ciclo do ensino fundamental. Ali fiquei até a minha segunda série. Nesta escola tive a oportunidade de não só conhecer as disciplinas instrumentais (português e matemática) como também as de outras ramificações, tais como ciências naturais, educação artística, estudos sócias (geografia e história) e inglês.
Devo salientar que a disciplina que mais gostava era a de estudos sociais, pois foi onde eu realmente pude ter uma noção concreta sobre cidadania e me encontrar no contexto social. Afinal a escola me possibilitava isso, pois ela promovia situações em que nós tínhamos que demostrar a nossa cidadania, tais; como não jogar o lixo no chão da sala ou na rua, respeitar o coleguinha e até mesmo saber dividir os objetos com o outro. A esse respeito, lembro-me de um dia que a tia Martha (professora) levou uma cesta de chocolate que era pra fazer um sorteio em sala de aula, ela disse que a pessoa que ganhasse escolheria o que fazer com a sua cesta. Muitos falaram que iriam levar para casa e devorar todos os chocolates sozinhos e eu, é claro, boazinha como sempre resolvi surpreender, disse que se ganhasse a cesta daria dois ou mais bombons para cada um da sala, (iria ficar com quase nada coitada, mas tudo bem, era pelo bem da nação) o que surpreendeu a professora. Em seguida a mesma fez o sorteio, e eis que inesperadamente quem ganha a cesta? Roseane! Nossa, fiquei tão feliz! Até me emocionei e cumpri com a minha palavra, dei dois chocolates a cada um dos meus coleguinhas. Naquele momento pude compreender que estava me tornando uma pessoa boa. Isso para mim foi uma tentativa da professora para nos fazer exercer de forma “mascarada” a cidadania.
A terceira e quarta série, foram em um outro colégio. O qual me deu uma bagagem para o ensino fundamental. É importante salientar que essa educação do ensino fundamental de 1990 teve alguns avanços, como por exemplo sua metodologia, pois métodos utilizados antes que surtaram algum efeito, hoje não são tão utilizados assim, e não surtem os mesmos efeitos que antigamente. Porém, devo ressaltar que mesmo com suas metodologias de 1990, a escola era acessível e atendia as necessidades de todos.
O ensino fundamental II, como diz o próprio nome, foi fundamental para minha formação. Em 2000, parti para uma nova fase. Era a fase da adolescência, das experiências, mudanças e descobertas. Percebe-se que a minha alfabetização foi um pouco inquieta em relação a escola, ou seja, estava sempre mudando de instituição. Já no ensino fundamental, houve uma certa equilibração no que se refere a escola. Nesse período fiquei da quinta série a oitava em um mesmo colégio, com quase todos mesmos colegas. Convivi com pessoas que me proporcionaram inúmeras experiências. Tive bons e maus professores. Os quais aguçaram em mim certa curiosidade pela a arte de lecionar. Diversos professores marcaram minha vida. Um deles foi a professora Ivaneide Damasceno (Neide ou Vanvan), que ministrava a disciplina de Língua portuguesa e literatura. Com a mesma, aprendi as regras da gramática como também a arte de redigir textos. Ela foi bem mais que uma professora, foi, e continua sendo uma grande amiga.
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