segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meus Primeiros passos

       Além da família ser uma grande aliada na formação da pessoa humana, existe um outro fator que também influencia nesse processo. É o fator escola. Pois a escola é o meio que nos leva a uma compreensão da vida ao nosso redor. Essa é a fase da alfabetização. Aos quatro anos, ingressei na minha primeira escolinha. Lá aprendi a brincar e socializar-me com os outros. Fiquei nessa escolinha durante três anos, pois aos sete, fui para outra. Essa me ensinou a ler e soletrar. Era a alfabetização entrando em ação na minha vida. O nome da escolinha era Educandário Moranguinho. Nesta a professora utilizava atividades de decodificação, em que reproduzíamos os sons das letras, o que facilitava na hora de identificar as mesmas e em seguida copiávamos as letrinhas, uma a uma, para que com o passar do tempo chegasse o momento exato para escrever de forma legível e fluente, como também identificar automaticamente as palavras formadas. Para aprimorar nossas habilidades, a professora passava sempre atividades de pontilhar, ligar a letra até a figura, descobrir os números em meio aos animais e etc. E para avaliar nossas competências, eram realizados ditados de palavras, leituras e produções básicas de textos, as quais serviam para analisar nosso teor de leitura e escrita. Enfim, uma alfabetização formal com raízes tradicionalistas e pensamento construtivista.

         No que se refere a avaliação, nesta fase de alfabetização, esta não é uma tarefa fácil. O professor não pode decidir simplesmente se o aluno está apto ou não ao mundo letrado. Ele deve ter o conhecimento que cada indivíduo é único e, portanto tem seus “próprios tempos”. Ou seja, ninguém aprende igual ao outro, o fato do aluno "X" ser mais desenvolvido não quer dizer que o aluno "Y"não é competente, ou não assimila conhecimentos. Seu conhecimento não é um critério de medida.  Tal procedimento de avaliação é para investigação ou verificação (tornar algo verdadeiro), é o mesmo que estabelecer uma classificação do educando, expressa em sua aprovação ou reprovação. Afinal, a avaliação da aprendizagem é bem mais que isso, se dá por meio do “estar junto”, é um ato continuo e por isso mesmo o papel do professor é o de acolher o educando, orientá-lo e confrontá-lo   em seus  estudos, reorientando-o em suas buscas. Enfim, a avaliação é inclusiva.

         A relação estabelecida entre a professora com os alunos é de fundamental importância nesta fase de desenvolvimento. Pois a criança está no período de formação e  o professor é o agente facilitador. Portanto, cabe ao mesmo não apenas depositar conhecimentos, como se o aluno fosse uma espécie de banco. Pelo contrário, ele deve entender que a criança é oriunda de um meio social em que tem suas próprias culturas já incutidas. Ou seja, o aluno já traz suas experiências, as quais busca socializar em sala de aula, cabendo ao professor proporcionar uma aprendizagem significativa, relacionando a sabedoria do aprendiz com a do mestre, contribuindo assim para o desenvolvimento cognitivo de seu aluno. Enfim, é uma troca de conhecimentos e experiências  que proporciona ao indivíduo a construção de sua própria história. E realmente foi, pois a “ tia Inês”(carinhosamente chamada por seus alunos) procurava ser bastante presente, sempre nos apoiando, mostrando-nos que o erro não é motivo de fracasso e sim de aprendizagem, afinal, as vezes precisamos errar para acertar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário